Geração Y demanda feedback constante dos gestores

Os gestores de recursos humanos têm enfrentado o desafio cotidiano de suprir as demandas dos exigentes profissionais da “Geração Y” – pessoas com idades entre 20 e 29 anos e que estão em um contínuo processo de ascensão no ambiente corporativo brasileiro. Formada na era da web, a geração do milênio tem uma relação diferente com a hierarquia, horários e produtividade. Para os jovens profissionais, é preferível vestir a própria camisa à da empresa. O feedback constante dos gestores é apontado pelos Ys como um dos fatores essenciais para permanecer nas organizações. Essas são algumas das conclusões da pesquisa Convivência no mercado de trabalho, módulo qualitativo do estudo “Geração Y”, conduzido pela Bridge Research.

Segundo Renato Trindade, presidente da Bridge Research e coordenador da pesquisa, enquanto os profissionais da “Geração X” desenvolvem a carreira em degrau, os Ys associam a ascensão profissional ao ato de subir uma ladeira. “Ao mesmo tempo em que pede esse constante retorno do chefe, o jovem profissional se esquiva das responsabilidades formais do mundo corporativo; acha que não é uma peça ativa da sociedade e delega a solução de problemas para as demais gerações”, analisa. De acordo com o executivo, independente da classe social, os Ys trocam de emprego com facilidade. “O Y de uma classe social mais abastada, quando enxerga uma oportunidade de ir morar no exterior, não tem problema em abandonar uma carreira promissora. O que possui menos dinheiro, pode migrar de um emprego para outro somente motivado por uma remuneração maior”, afirma.

Embora pareça utópico, os jovens profissionais ainda sonham com a criação de uma carreira estável e financeiramente segura – o que implica em fazer cursos no exterior, ser promovido. Mas, para isso, não estão dispostos a abrir mão do desejo de constituir uma família. Para os homens, uma carreira estável está além de um alto cargo em uma grande empresa. “Muitos perseguem o sonho de montar o próprio negócio, um projeto capaz de prover crescimento profissional e financeiro”, afirma o executivo.

A “Geração Y” valoriza uma relação com o trabalho que a deixe ativa e feliz, mas uma análise apurada revela que esse sentimento não é o propósito principal – esses profissionais almejam o crescimento financeiro rápido. “Ter dinheiro é sinônimo de status e reconhecimento; essa é a principal mola propulsora dessa geração”, analisa Trindade, acrescentando que para o Y, dinheiro e estabilidade estão associados ao resultado do sucesso profissional, além de funcionarem como mecanismos para a obtenção de prazer.

Para os Ys das classes A e B, tecnologia e relacionamentos são as melhores formas para se buscar um emprego (internet, indicação de pais de amigos e redes sociais); entre os jovens da classe C, os meios tradicionais e os inovadores convivem na hora de buscar oportunidades profissionais (internet, agência de emprego e envio de currículo). Embora Ys de todas as classes sociais sejam mais modernos na busca por empregos, não são assertivos na definição do plano de carreira.

Angústias profissionais da Y e influenciadores
Quando o tema versa sobre angústias profissionais, a geração Y mostra que o gatilho está na necessidade de saber qual será o próximo passo a ser dado. A questão “como acertar sempre?” está sempre presente, especialmente porque as mulheres dessa geração baseiam suas escolhas no acaso – não necessariamente nos dados mais adequados para atingir metas. “O mundo maduro ainda apresenta mistérios para o bem informado profissional Y”, analisa Trindade.

Quem são as pessoas que mais influenciam, no ambiente corporativo, os Ys? Na prática, são aquelas que oferecem um modelo a ser seguido, embora não haja uma relação de troca. “Pode ser um executivo de uma grande corporação mundial ou um estadista – Steve Jobs ou Bill Clinton, por exemplo”, detalha Trindade. Na percepção das mulheres, embora busquem reconhecimento profissional, é comum que esse mentor seja um homem mais velho, assertivo e experiente.

Pesquisas sobre a Geração Y integram o trabalho permanente da Bridge Research, de estudar o comportamento das pessoas e as diferenças entre as diversas gerações frente à evolução do mercado consumidor. “É importante estar atento à evolução das diferentes gerações tecnológicas, qual o seu ponto de ruptura e como se movimentam os early adopters de novas tecnologias”, destaca Trindade.

Social networking é outra área que está no radar da Bridge Research, envolvendo a Web 2.0 com os seus blogs, fotologs, wikis, twitter e o que reúne o Consumer-Generated Media, ou a informação criada e divulgada pelos próprios consumidores, com análises de impacto, imagem, credibilidade etc. “Para analisar, é essencial diferenciar essas novas tecnologias. Entre as redes sociais, por exemplo, é preciso especificar bem o que são redes de relacionamento como Orkut e MySpace, e como interagem com os sistemas de mensagens instantâneas como MSN e Messenger, uma vez que estamos falando de duas redes com finalidades distintas”, diz Trindade.

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