O crescimento econômico põe o Brasil na rota dos países desenvolvidos, onde a mão de obra doméstica é artigo raro
Quem tem amigos ou parentes nos Estados Unidos ou na Europa ocidental conhece bem essa realidade: a oferta reduzida de empregados domésticos torna o custo do serviço inviável até mesmo para a classe média alta. A novidade é que o mesmo quadro começa a desenhar por aqui. Segundo a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), de São Paulo, a taxa de ocupação em serviços domésticos caiu 12,1% entre janeiro de 2010 e o mesmo mês de 2011. Na opinião da administradora de empresas Andrea Caetano, proprietária da Wellbeing, em São Paulo, que há dez anos presta serviço de governança para residências, o crescimento sócio-econômico está por trás do fenômeno. “Ao mesmo tempo em que aumenta o nível de escolaridade do povo, diminui a oferta de mão de obra de empregados domésticos.” Essa nova realidade já é visível nas plantas de casas e apartamentos – sumiram as dependências de empregada, a área de serviço encolheu – o que exige cada vez mais organização nas rotinas do dia a dia. “É fundamental que toda essa engrenagem funcione bem e de forma organizada”, diz Andrea. Ela lista, a seguir, três iniciativas que fazem diferença:
1 – Prefira eletrodomésticos polivalentes e compactos. “Máquinas que lavam e também secam, por exemplo, valem ouro em espaços reduzidos e encurtam o processo”, defende. “As mais modernas contêm programas especiais para qualquer tipo de roupa, eliminando a necessidade de lavar determinadas peças a mão.”
2 – Pense em toda a família na hora de adquirir equipamentos. “É fundamental que as crianças maiores consigam operá-los com facilidade”, alerta. “Distribuir tarefas faz bem a todos.”
3 – Opte por revestimentos práticos e fáceis de limpar, como pisos que não exigem mais do que aspirador e pano úmido, capas para os estofados e tapetes laváveis. “Nem sempre são as soluções mais baratas, mas o investimento compensa a médio prazo”, acredita.
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