Casa do futuro

Já sonhou com uma casa smart do piso ao teto? Pois ela já existe – e custa cada vez menos

Quando o termo automação residencial começou a aparecer, nos anos 1990, o máximo da modernidade era uma casa dotada de equipamentos programáveis que desempenhassem suas funções automaticamente. A cafeteira que ligava sozinha poucos minutos antes do café da manhã, a banheira que esperava pelo morador cheia d’água e na temperatura certa, as janelas que se fechavam assim que o ar condicionado era acionado…

Algumas tecnologias já disponíveis parecem saídas de filmes de ficção científica

Duas décadas depois, esse ideal de residência automatizada ficou no passado. A casa do futuro, hoje, é smart e inteiramente conectada. “Aqueles equipamentos eram pesadíssimos, caros e não conversavam entre si”, lembra o empresário José Roberto Muratori, conselheiro e um dos fundadores da Aureside, Associação Brasileira de Automação Residencial. “Agora, podemos integrar todos os recursos e conectá-los à internet, seguindo projetos personalizados. É como um trabalho de alta costura.” Algumas tecnologias já disponíveis parecem saídas de filmes de ficção científica. O empreendimento Pinheiros Connection, em São Paulo, é um bom exemplo – lançado em fevereiro de 2011 pela Transit Telecom em parceria com Elite Brasil Inteligência Imobiliária, ele oferece aos moradores uma governanta virtual. Da tela do computador ou da TV, a moça conversa com os moradores, faz ligações telefônicas, lê e-mails em voz alta, faz compras e pesquisas pela internet e ainda cuida da segurança. No caso de um assalto, ela reconhece frases previamente combinadas e avisa à polícia. Se um idoso levar um tombo, a governanta detecta a queda e pede ajuda. Trata-se de um luxo ainda para poucos: o apartamento de 60 m² custa a partir de R$ 516 mil. Mas os pacotes mais básicos – e nem por isso menos inteligentes – estão mais acessíveis à classe média. “Nos últimos cinco anos, o preço caiu 50%”, Muratori anuncia. Ele aposta, inclusive, que a automação voltada para o ajuste de consumo de água e energia é a bola da vez. “Passado o deslumbramento inicial, descobrimos finalidades bem práticas.”