
Vintage, termo em inglês usado para classificar uma safra de vinho de qualidade excepcional, é uma tendência cada vez mais forte no mundo da decoração. Já faz algum tempo que os móveis de design retrô e os objetos utilitários de antigamente, garimpados em feiras e bricabraques, se tornaram um jeito descolado dar personalidade ao ambiente – itens fabricados entre as décadas de 50 e 70 nunca estiveram tão em alta. A novidade é que o visual do passado voltou às lojas em equipamentos novinhos em folha. Por trás do invólucro old fashion, se escondem as mais práticas e modernas tecnologias – quem ama esse estilo não precisa mais sofrer com padrões ultrapassados e antiquados controles analógicos. Fogões e geladeiras de linhas arredondadas e cores fortes, monitores de computador parecidos com as primeiras TVs e bases para iPod que imitam velhos aparelhos de som são alguns dos lançamentos recentes que vêm conquistando até mesmo quem não era nascido naquele tempo.
Harmonizar peças tão singulares em ambientes contemporâneos, porém, requer sabedoria e parcimônia. “É preciso analisar cada peça de forma individualizada”, aconselha a arquiteta Marina Barotti, de São Paulo. “O uso exagerado de elementos retrô faz com que a decoração fique muito artificial, como se fosse um cenário de época.” Na sala, por exemplo, uma parede revestida de papel de parede estampado, ou um tapete inspirado na op art, pedem companhias neutras. Na cozinha, Marina sugere a escolha de uma única peça vintage cercada por equipamentos de linhas atuais. “Gosto de mesclar um eletrodoméstico colorido com todo o entorno em inox. O contraste entre o retrô e o contemporâneo valoriza ainda mais a peça.”
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