Com qual Android eu vou?

Então você (assim como eu) decidiu por migrar para o sistema operacional Android, foi à loja da operadora, pegou uma senha, esperou para ser atendido e quando pediu por um smartphone Android para o atendente, foi apresentado a uma dúzia de diferentes aparelhos. E agora: qual aparelho comprar?

Com a diversidade de opções, escolher um smartphone Android é como procurar por uma TV nova: cada marca e modelo possui características distintas e próprias que se distinguem de seus concorrentes. Logicamente o fator “preço” está diretamente associado com a “qualidade final percebida” do aparelho – em geral, aparelhos mais caros são melhores que os mais baratos. Mas nem sempre é necessário gastar uma quantia exacerbada adquirindo o modelo mais completo: muitas vezes um modelo mais simples (e barato) pode vir a atender todas as suas necessidades.

Como sempre menciono em meus posts, não seria coerente de minha parte apontar um smartphone (já que as necessidades e disponibilidade financeira se altera de pessoa para pessoa). No lugar disso, levanto questões sobre as principais características que considero relevantes na hora da compra – que podem ser estendidas a qualquer plataforma e sistema operacional.

Qualcomm Snapdragon

O processador é o “cérebro do smartphone”. Isso torna um tanto óbvio dizer que quanto mais rápido o processador, mais rápido será o aparelho. Mas a grande questão é que não existe apenas uma marca e um modelo de processadores no mercado: duas empresas constantemente disputam a liderança – a Qualcomm e a Texas Instruments.

A Qualcomm  fabrica duas séries principais de processadores: a MSM72xx e os Snapdragon QSD82xx. A série MSM72xx é mais antiga: começou com os problemáticos processadores de 400Mhz (MSM7200/7201), passando para 528Mhz (MSM7200/7201 e posteriormente os MSM7225), para os 600Mhz (MSM7227) e mais recentemente os 800Mhz (MSM7230). Tratam-se de processadores de múltiplo-uso: que atenderão bem à maior parte das tarefas, mas que não podem ser exigidos quanto à capacidade de processamento gráfico (jogos 3D e reprodução de filmes em HD).

HTC Desire HD com novo Qualcomm Snapdragon

Para o “trabalho mais árduo”, a Qualcomm possui a série Snapdragon com dois processadores de 1Ghz: o QSD8250 (que chegou ao mercado no ano passado mas ainda pode ser considerado “atual”) e o QSD8255 (mais novo, que traz melhorias para o processamento gráfico). Os Snapdragon trazem um núcleo de processamento gráfico específico chamado Adreno e sua velocidade atingirá os 1,3Ghz e 1,5Ghz ao longo do ano de 2011.

De outro lado, a Texas Instruments (TI) fornece uma série de modelos com velocidades variando entre 600Mhz (OMAP3430), 720 Mhz (OMAP3410) e 1Ghz (OMAP3620/OMAP3630). No passado a fabricante apresentava um desempenho melhor que a Qualcomm, porém hoje a percepção de desempenho se emparelha considerando processadores com o mesmo clock/velocidade. Os processadores TI mais velozes utilizam o núcleo de processamento gráfico PowerVR SGX5xx (o mesmo utilizado nos iPhone), que apresentam excelentes resultados na reprodução de vídeos e jogos.

Samsung Hummingbird de 1GHz

A Samsung produziu no último ano um processador de 1Ghz chamado Hummingbird S5PC110 de 1Ghz que traz o processador gráfico PowerVR SGX540 e pode ser encotnrado em toda a sua linha Galaxy S. O interessante é que segundo especialistas o Hummingbird parece ter a mesma arquitetura do Apple A4 (poderoso processador utilizado no iPhone 4) o que conferiu à série Galaxy S um desempenho invejável entre os Androids, reposicionando a Samsung no segmento. Apenas como referência, o Galaxy S é capaz de processar 90 milhões de triângulos por segundo contra 22 milhões do HTC Nexus One (Qualcomm Snapdragon QSD8250 de 1Ghz + Adreno 200) e 7 milhões do Motorola Milestone (Texas Instruments OMAP3430 de 600Mhz + PowerVR SGX530).

Ficou muito complicado?

Tenha em mente qual será a finalidade de seu smartphone Android: funções multimídia (jogos com gráficos elaborados e vídeos em alta resolução) exigem um processador “mais rápido” (leia-se: 1Ghz); ao passo que leitura de e-mails, navegação, leitura e edição de arquivos do Office e outras tarefas associadas à produtividade podem ser executadas nos demais processadores.

Vale lembrar que, como um carro, um processador mais rápido é também mais “guloso” no quesito consumo de energia: é como comparar a autonomia de um Lamborghini Gallardo com um Fiat Uno. Ainda assim, os processadores mais rápidos poderão ser econômicos que os mais lentos. Como? Vamos tomar um exemplo: imagine que você irá realizar uma busca por um arquivo na memória do aparelho. Um processador Qualcomm Snapdragon de 1Ghz executará a função mais rápido que um Qualcomm MSM7227 de 800Mhz e, dependendo da tarefa, esta economia de tempo pode significar preservação da carga da bateria. São casos particulares, e não existe uma regra que defina a relação entre consumo e tarefa executada.

Quando falamos na tela do aparelho, há 4 características distintas que devem ser consideradas: tamanho, resolução e tecnologia e tipo de touchscreen.

Xperia X10 (4") e Xperia X10 Mini (2,5")

O “tamanho” é exatamente isso que você pensou: as dimensões da tela, normalmente caracterizado por um número em polegadas (unidade de medida norte-americana) tomado pela medição da diagonal da tela. Há aparelhos com telas muito pequenas (Sony Xperia X10 mini com 2,5”), chegando até às 4,3” (HTC Desire HD) e 5” (Dell Streak).

Lembre-se apenas de que telas muito pequenas tendem a ser difíceis de operar (principalmente no que diz respeito ao teclado on-screen) e que telas grandes aumentam consideravelmente o tamanho do aparelho. Outro detalhe fundamental: quanto maior a tela, maior o seu consumo de energia para gerar a iluminação necessária da mesma.

WVGA, VGA e HVGA

De outro lado a resolução é a quantidade de “pontos” (chamados pixels) que a tela possui. Quanto maior a resolução, melhor a qualidade da imagem – resoluções mais baixas apresentam aquele famoso efeito “serrilhado” nas fontes e cantos das imagens.

Existe uma grande variedade de resoluções entre os aparelhos Android disponíveis no mercado, entre as quais as mais comuns são: o HVGA (ou Half VGA, com 480 x 320 pixels), o VGA (640 x 480 pixels) o WVGA (ou Wide VGA, com 800 x 640 pixels) e o FWVGA (ou Full Wide VGA, com 854 x  600 pixels). Assim como o “tamanho”, a “resolução” também está relacionada com a quantidade de energia demandada: quanto maior a resolução, maior o processamento gráfico exigido e, por consequência, maior consumo.

Logicamente isso leva a outro ponto: ao escolher uma tela com maior resolução, é necessário escolher um processador com maior capacidade – apenas como referência: telas WVGA são encontradas em aparelhos que possuem ao menos 600Mhz.

Samsung Galaxy S (Super AMOLED), HTC Desire (AMOLED) e Xperia X10 (SLCD)

A “tecnologia” empregada na tela também é outro fator a ser considerado. Basicamente encontraremos 4 tipos de tecnologias diferentes: a LCD, a SLCD/Super LCD (Sony), a AMOLED (dominada pela Samsung) e a SAMOLED/Super AMOLED (exclusiva da Samsung).

A LCD pé a mais comum e está presente na maioria dos aparelhos disponíveis, enquanto que a SLCD é adotada por alguns poucos (entre eles os últimos modelos da HTC). Embora ambas partam do mesmo princípio (uma placa de cristal líquido com iluminação traseira), a qualidade do SLCD da Sony é superior ao LCD convencional: mostrando melhores brilho e qualidade de cores. A tecnologia AMOLED age de maneira diferente: consiste em uma malha de pequenos pontos luminosos (LEDs) e, por isso apresentam maior brilho e vivacidade em cores que as imagens obtidas nas LCDs. A Super AMOLED (tecnologia exclusiva da Samsung) traz cores ainda mais “vibrantes” que a AMOLED.

Um detalhe interessante: para compor a cor branca, as telas LCD/SLCD gastam menos energia (por haver “menos esforço” da tela de cristal líquido/ausência na composição de cores) que as AMOLED/SAMOLED (que precisam acender intensamente cada um de seus LEDs); enquanto que a cor preta é obtida com menos custo por estas últimas (que simplesmente “não ativam seus LEDs”, obtendo a cor negra) que pelas LCD/SLCD. Este fato causou um certo “mito” em relação às telas AMOLED/SAMOLED que seriam mais econômicas que as LCD/SLCD. Na média de uso é verdade… mas a autonomia das AMOLED/SAMOLED será diretamente influenciada pelas cores utilizadas pelo sistema operacional e gráficos dos programas rodados no smartphone, podendo facilmente inverter esta relação.

Por fim, o “tipo de touchscren” influencia bastante em sua experiência de uso com a tela do aparelho. Há dois tipos de tecnologia de telas sensíveis ao toque utilizadas pelos fabricantes: a resistiva e a capacitiva.

As telas resistivas são compostas por um “sanduíche de camadas” que ao serem pressionadas fazem contato umas com as outras permitindo a detecção do toque. Assim, é possível utilizar qualquer objeto (caneta, stylus, etc) para acionar esta tela dando uma “maior precisão” em alguns casos. Por suas características, é necessário realizar certa pressão sobre a sua superfície o que também significa que a camada mais externa terá de ser feita com algum tipo de polímero/plástico, sendo mais suscetível a riscos. Além disso, com o tempo (leia-se: alguns vários anos), estas telas tendem a desgastar, perdendo sua capacidade de detectar o contato com acuracidade. Um último detalhe: elas são incapazes de detectar “naturalmente” o multitouch.

As telas capacitivas são mais caras e a tecnologia em seu desenvolvimento é mais complexo: elas detectam “flutuações” de energia em toda a sua extensão, ou seja: é necessário o contato da pele ou o uso de canetas/stylus específicas para esta tela. De outro lado, sua sensibilidade é maior (não é necessário fazer qualquer tipo de pressão sobre ela), não oferece o mesmo desgaste que as telas resistivas ao longo do tempo, oferece multitouch e podem ser produzidas com vidro (diminuindo a chance de riscos, mas tornando-as mais frágeis à queda).

Assim como nos computadores, a quantidade de memória influencia na capacidade de execução de programas e armazenamento de informações. A memória RAM dos smartphones têm influência direta sobre o desempenho e a quantidade de aplicativos que podem ser executados simultaneamente; enquanto que a memória ROM é responsável pelo armazenamento de informações do aparelho.

Algumas destas informações podem ser armazenadas na memória estendida: cartões de memória do tipo micros que podem ser adquiridos e inseridos no aparelho. Em geral, os smartphones Android conseguem gerenciar cartões microSD de até 32GB de espaço.

Mas se temos a capacidade de gravar dados em cartões microSD, então a memória ROM é irrelevante, certo? Errado.

Todos os dados de contatos, calendário/agenda e mensagens recebidas são gravadas na memória ROM. Pior: até a versão 2.1 do Android, só é possível instalar aplicativos na memória ROM do aparelho; assim se você lotou a memória ROM de seu smartphone com jogos, possivelmente ele deixará de receber mensagens (e-mails, SMS, etc.) e mesmo funcionar adequadamente em pouquíssimo tempo.

É natural deixarmos de encarar um smartphone como um aparelho celular considerando que ele possui “1.001 utilidades”. Porém, o motivo principal de você estar carregando um no bolso é a comunicação. Neste sentido, é importante conferir sua conectividade, ou seja: a capacidade do aparelho de se comunicar e conectar.

Antes de tudo, é necessário saber que cada operadora de cada parte do mundo opera com uma ou mais tecnologias específicas (GSM, GPRS, 2G EDGE, CDMA, CDMA 1X RTT, 2G CDMA 2000, 3G HSPA/HSDPA/HSUPA, 3,5G HSPA+, 3G EVDO, 4G WiMAX, 4G LTE, etc.) e cada uma dessas funciona utilizando uma determinada frequência. Assim, aparelhos que possuem compatibilidade com a tecnologia GSM de 850Mhz não funcionarão em uma operadora GSM de 1.900Mhz. Felizmente, existem apenas 5 faixas de operação GSM/GPRS/EDGE (sendo uma exclusiva dos Estados Unidos) e normalmente os smartphones possuem a capacidade de operar nestas quatro frequências, o que chamados de quadbanda ou quadband. A questão fica na compatibilidade da tecnologia 3G HSDPA/HSUPA/HSPA: o Brasil opera com as frequências 2.100Mhz e em algumas regiões com a 850Mhz (que aos poucos está sendo migrada para a 2.100Mhz). Por isso, alguns aparelhos europeus (que são dualband nas frequências 900Mhz e 2100Mhz) podem não funcionar adequadamente em algumas regiões do Brasil. Convém contatar a operadora para verificar a compatibilidade de aparelhos com as frequências utilizadas em sua região.

Considerando que as redes 4G WiMAX e LTE não devem chegar tão cedo ao Brasil, é adequado nos concentrarmos em outras opções de conectividade como WiFi e Bluetooth – que já estão presentes na maior parte dos aparelhos.

Os sensores se tornaram parte essencial dos smartphones e podem ajudar tanto na economia de bateria quanto na diversão.

O acelerômetro está presente na maioria dos aparelhos e detecta o movimento do mesmo. É utilizado em alguns programas para alternar a tela entre o modo paisagem (landscape) e retrato (portrait), além de ser utilizado em alguns jogos para a movimentação do personagem. Neste último caso, são ainda poucos os modelos (o Samsung Galaxy S é um exemplo) que trazem giroscópio/acelerômetro de 6 eixos – capaz de fornecer dados mais precisos sobre o movimento do aparelho.

Uma interessante função para o acelerômetro está na função BePolite dos Androids da HTC: ao receber uma chamada, o aparelho diminui o volume ao ser pego pelo usuário e a rejeita quando você o coloca sobre uma mesa de cabeça para baixo.

Além dele, sensores de luminosidade conseguem determinar a intensidade de luz do ambiente regulando o brilho da tela para maior conforto visual e economia de bateria; enquanto sensores de proximidade conseguem detectar a aproximação do aparelho ao corpo desligando a tela durante as ligações (quando o smartphone está próximo ao rosto, evitando “toques não desejados” na tela), por exemplo.

Câmera de 5mpx com dual LED Flash do HTC HD2

Atualmente as câmeras digitais estão tão incorporadas aos celulares que a opção de um smartphone não trazer tal funcionalidade parece inexistente. Contudo a escolha de um aparelho baseado em sua câmera traz alguns “mitos populares” que nem sempre são os mais acertados, por exemplo: “quanto maior a quantidade de megapixels, melhor a câmera”; “só compre se ela tiver flash”, ou (a melhor delas) “só vale à pena se tiver lentes Carl Zeiss”.

Se qualquer uma dessas alternativas fosse correta, o mercado de câmeras digitais estaria apenas correndo atrás de sensores CMOS capazes de obter a maior resolução possível e ignorando qualquer lente Hoya, Sigma, Nikon ou Canon. A verdade é que não é um elemento que traz a qualidade na imagem, e sim um conjunto bem ajustado: já vi câmeras em celulares com 8mpx que exibiram imagens com qualidade inferior à outras obtidas com celulares de 5mpx e até 3mpx.

Saiba que a presença de flash ajuda, mas é algo bastante questionável: em geral o tipo LED só é eficiente quando o objeto da foto encontra-se a menos de 1 a 1,5 metro de distância. Este valor tende a variar conforme a qualidade do led e sua quantidade (à exemplo os smartphones da HTC que possuem dual LED flash e alcançam bem os 10 metros de distância).

O Tamanho, o Peso e o Formfactor são quesitos que dependem essencialmente do gosto de cada usuário.

Motorola Milestone 2 (slider Qwerty), Samsung Galaxy S (candybar), Motorola Charm (candybar Qwerty), Motorola FlipOUT, Motorola Backflip

O Formfactor é o formato assumido pelo aparelho que pode ser: candybar (tradicional: um aparelho constituído de um “bloco único”, a exemplo do Samsung Galaxy S e Sony Xperia X10), slider Qwerty (que possui uma parte deslizável revelando um teclado Qwerty, como o Motorola Milestone), candybar Qwerty (um bloco único com teclado frontal, como o Motorola Charm), além de vários outros formatos proprietários (como o Motorola FlipOut que rotaciona metade de seu corpo para revelar um teclado Qwerty; e o Motorola Backflip que se abre como um clamshell, mas seu teclado Qwerty encontra-se na parte de trás do aparelho).

O Tamanho e o Peso são diretamente influenciados pelo Tamanho da Tela e Formfactor do aparelho: telas maiores e formatos com partes deslizáveis/rebatíveis tendem a necessitar de um maior número de componentes aumentando o tamanho e o peso do smartphone.

Mas como definir se um smartphone é bem construído ou não?

A primeira regra está na análise dos materiais empregados: o plástico utilizado deve ser de boa qualidade (uma boa medição pode ser feita através da área interna da tampa da bateria que normalmente não recebe o mesmo tratamento da pintura externa); a tela preferencialmente de vidro (ou ao menos de plástico de boa qualidade); o acabamento empregado, inluinco os botões devem ser justos e não apresentar folga; a presença de peças de metal (que evidenciam a preocupação do fabricante com a qualidade do aparelho); a qualidade da pintura; etc.

Uma segunda regra é realizar um pequeno teste de torção: colocando o aparelho em posição horizontal, segure cada um dos lados firmemente com uma das mãos e realize uma pequena torção – isso mesmo: “torça suavemente o aparelho” tomando o cuidado para não quebra-lo, logicamente. Durante este teste, é importante que você não sinta “folgas” nas peças e tão pouco escute rangidos de plástico ou metal. Logicamente haverá alguma folga no caso do smartphone possuir partes móveis. Contudo, estas partes não devem parecer “frouxas” – o que será facilmente percebido durante o teste.

Um último detalhe: tome cuidado com áreas de plástico que possuem pintura cromada: muitas delas tendem a ficar opacas/escuras com o uso pela ação do suor e gordura da pele.

É claro que quanto mais funcionalidades seu celular tiver, melhor. E, neste sentido, vale a pena verificar a existência de GPS (para localização em programas de mapas e navegação guiada), Rádio FM, receptor de TV, saída para a TV, etc. – valendo sempre sua percepção em relação à funcionalidade.

Contudo, há dois fatores que devem ser sempre analisados: o uso de conectores proprietários e a capacidade da bateria.

Conectores proprietários são verdadeiramente uma grande desgraça: você caba por ficar refém dos acessórios de uma determinada marca. A boa notícia é que há uma tendência ao uso do conector microUSB (para sincronismo com o desktop/notebook e carregamento) e do audiojack de 3,5mm (o que permite que você busque uma das diversas opções de fones de ouvido existentes no mercado).

Quanto à bateria, procure sempre aquela com maior capacidade: em geral os smartphones e a conexão 3G tendem a consumir uma grande quantidade de energia. Lembre-se que as baterias não possuem um padrão comum (elas tendem a variar em formato e capacidade conforme a marca e modelo) e que baterias sofrem com a ação do tempo (perdendo sua capacidade de armazenamento de energia). Por isso, aconselho a compra de aparelhos que possuam representação no Brasil, de modo que você possa facilmente adquirir uma bateria nova e, principalmente, original. Não esqueça que baterias falsificadas são perigosíssimas: aumentando os riscos de danificar o smartphone, explodir ou causar incêndios.

Por ser um projeto de código aberto, o Android abriu precedentes para a sua customização tomada por algumas fabricantes: HTC, Samsung e Sony customizaram toda a interface e experiência de uso do aparelho. Cada uma das interfaces possui prós e contras um tanto subjetivos: de maneira que apenas uma análise própria poderá revelar àquela que o usuário melhor se adaptará.

A interface HTC Sense UI

Mais importante que as interfaces é a versão do Android: a mais atual é a 2.2 conhecida como Froyo, porém a maior parte dos aparelhos existentes no mercado estão ainda na 2.1. Já há rumores sobre uma versão 2.3 (Gingerbread) e uma ainda uma 3.x (Honeycomb) – ambas sem data prevista de lançamento. Só aí já se percebe que é praticamente impossível considerar manter um smartphone sempre atualizado… ou ainda: que um aparelho possa sobreviver a mais de 2 anos no mercado. De qualquer forma, tenha em mente que experiência de uso obtida em versões 2.x é infinitamente superior às versões 1.x e, se a compra está sendo realizada agora, dê preferência sempre à versão mais recente.

Cada usuário possui uma predileção própria por uma marca: alguns consideram os celulares da Motorola melhores que os da Samsung, outros da Samsung melhores que os da Motorola. Muito tem a ver com o marketing realizado por cada empresa… mas muito, não.

Mais importante que a logo estampada no aparelho, é o relacionamento do fabricante com o usuário: como é a rede de assistências técnicas no Brasil? Há um SAC disponível? Os aparelhos desta marca dão muito problema? Qual é a percepção dos donos? A fabricante costuma publicar atualizações do software?… no mundo ok, e no Brasil? Os bugs encontrados nos celulares são corrigidos ou a empresa apenas os ignora?

Se você ainda tem dúvidas sobre isso, um exemplo: recentemente a Motorola mundial anunciou que iria atualizar seu consagrado Droid/Milestone para a versão 2.2 do Android até o final de 2010. Contudo a Motorola do Brasil informou que o update estaria disponível apenas lá fora. Foi necessária a comoção de vários usuários reclamando nas redes sociais para que a Motorola do Brasil mudasse de idéia e anunciasse o update do Android 2.2 para o primeiro trimestre de 2011. Pior ainda foi o que houve nos Estados unidos: a Samsung comercializou no ano passado um aparelho Android 1.5 chamado Behold dizendo que seria atualizável para a versão 2.x. Este ano a empresa voltou atrás informando que o Behold não teria hardware necessário para suportar as versões 2.x, restringindo a atualização para a 1.6.

Assim é importante analisar o passado da fabricante, afinal de contas, querendo ou não no momento em que você escolhe um smartphone (HTC, Sony, LG, Samsung ou Motorola), você está “se amarrando” à marca. Credibilidade é essencial.

Não existe uma “receita de bolo” para a escolha de seu smartphone Android: cabe somente a você avaliar os diversos aspectos que tornam um aparelho único. Lembre-se que dificilmente você encontrará um smartphone que atenda todas as suas necessidades ou que traga tudo o que os concorrentes trazem, por isso vale a pena criar um sistema de avaliação dando pesos/importância para cada característica desejada.

Perca algum tempo buscando reviews e a opinião de quem já possui o aparelho. Um bom local para pesquisas são as comunidades do Orkut (lá os usuários reportam bugs e pareceres sobre cada smartphone).

E, principalmente, não perca o foco: tenha sempre em mente a finalidade do aparelho. Campanhas publicitárias são atrativas, processadores poderosos e telas gigantes fazem os olhos brilhar… mas aq pergunta que deve ser uma constante é: você precisa mesmo de tudo isso?

Boa escolha!

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